Ainda existe analfabetismo no Brasil?

A resposta simples e direta seria: SIM.

Infelizmente uma boa parcela da população brasileira segue a vida sem saber ler e escrever. Isso reflete, sem dúvidas, na qualidade de vida desses indivíduos que se sujeitam a trabalhos braçais com salários irrisórios devido a falta de conhecimento e escolaridade.

O analfabetismo também priva as pessoas do entendimento de seus direitos básicos como cidadãos e ainda permite serem levados ao erro por pessoas de caráter duvidoso. Quantas pessoas que estão lendo esse texto nesse momento conhecem uma história próxima ou não, de um vizinho, amigo, conhecido do bairro, que foi enganado porque não tinha entendimento básico sobre determinada coisa?


Bandeira do Brasil



Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11,5 milhões de pessoas são analfabetas, ou seja, não sabem ler nem escrever de acordo com dados em 2017.

A missão de erradicar o analfabetismo no Brasil do Plano Nacional de Educação (PNE) segue a passos de tartaruga para nossa infelicidade. O que põe em dúvida a eficácia dos projetos de Governo que tem como foco justamente o ensino a esses grupos de jovens e adultos entre 15 e 64 anos que estão na escuridão pela falta do ensino básico.

Segundo Bruno Villas Bôas do site VALOR:
"Mesmo com os avanços conquistados na última década, o Brasil ainda exibe uma das piores taxas de analfabetismo de jovens e adultos (15 anos ou mais de idade) entre os países da América Latina e Caribe. Num ranking de 21 países da região compilados pela Unesco, o país apresenta a 15ª maior taxa, de 7%, a mesma registrada pelo Suriname. "
Muitos de vocês devem pensar que o problema é a falta de investimento na Educação, certo? Do meu ponto de vista, o problema é a má aplicação e gestão dos recursos, pois o Brasil investe 6% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação. Muitos países investem menos do que isso e possuem uma educação de melhor qualidade e eficiência, como podemos observar neste trecho retirado do site AgenciaBrasil:


"O problema no Brasil, de acordo com o relatório, não está no volume dos gastos, mas na necessidade de aprimoramento de políticas e processos educacionais. “Apesar da forte pressão social para a elevação do gasto na área de educação, existem evidências de que a atual baixa qualidade não se deve à insuficiência de recursos. Tal observação não é específica ao Brasil, tendo em vista que já é estabelecida na literatura sobre o tema a visão de que políticas baseadas apenas na ampliação de insumos educacionais são, em geral, ineficazes”, diz o estudo."

Claro que são inúmeros os fatores que levam as taxas de analfabetismo serem ainda tão altas, seja por falta de oportunidade em determinadas regiões, trabalho infantil, desestrutura familiar, condições financeiras, entre várias outras, é necessário que nos tornemos mais seletivos quanto aos políticos em que votamos e que após as eleições sejamos mais vigilantes quanto as ações que os mesmo tomam ou não em relação, claro, as diversas outras áreas importantes como segurança e saúde, mas também quanto a educação, pois ela (sem querer ser clichê) é a base de toda sociedade saudável, produtiva
e desenvolvida.




Postar um comentário